Nesta quarta-feira (25), o Tribunal do Júri de Cascavel realiza o julgamento do homem acusado de enviar um pão de mel envenenado ao amante de sua esposa em 2021. A comunidade aguarda ansiosamente uma decisão definitiva sobre o caso que abalou a população da cidade.

A vítima, após consumir o doce envenenado, passou mal e ficou internada por vários dias, enfrentando um quadro de vida ou morte. Laudos periciais confirmaram a presença de carbofurano, um inseticida altamente tóxico e proibido no Brasil desde 2017.

O julgamento, que deveria ter ocorrido anteriormente, foi adiado devido à saída da defesa do réu do plenário. A defesa ainda tentou um recurso alegando que o acusado não estava em plena capacidade mental no momento do crime, mas o Tribunal de Justiça do Paraná rejeitou a alegação.

O promotor Alex Fadel comentou sobre o andamento do julgamento, que começou às 9h. Até o meio-dia, duas vítimas e a esposa do réu foram ouvidas. No período da tarde, mais testemunhas serão ouvidas e o réu será interrogado. Também será ouvido um psicólogo solicitado pela defesa para avaliar a capacidade mental do réu.

A previsão é de que o julgamento se estenda até o fim da noite, podendo até ultrapassar a meia-noite, devido ao número de pessoas que ainda precisam ser ouvidas. No entanto, o promotor assegurou que o julgamento não será interrompido para continuar no dia seguinte.

O caso gerou grande repercussão na cidade de Cascavel e o promotor ressaltou a importância de um julgamento justo e rápido para evitar a sensação de impunidade. Ele destacou que é fundamental que todas as partes envolvidas, incluindo a família do réu e da vítima, conheçam o resultado do processo.