A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, em segunda votação, o projeto que tomba o parque industrial da Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes. A iniciativa é vista pela professora aposentada Dora Santa Cruz como um importante passo para preservar as ruínas do local, transformando-o em um centro de memória que relembre as atrocidades da ditadura militar no Brasil. A usina foi palco da incineração de pelo menos 12 corpos de militantes, incluindo Fernando Santa Cruz, irmão de Dora, preso em 1974.
Nilmário Miranda, do Ministério dos Direitos Humanos, afirmou que o governo buscará financiamento para recuperar as ruínas e construir o memorial. Outras iniciativas similares, como a Casa da Morte em Petrópolis e o antigo prédio do Dops no Rio, também enfrentam desafios para se tornarem espaços de preservação da memória. Nadine Borges, ex-presidente da Comissão da Verdade do Rio, reforçou a importância de tais centros de memória, que marcam a violência do passado e evitam que esses tempos sombrios sejam esquecidos.