A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, pregou o fortalecimento das vozes das periferias no cenário global, na abertura do Fórum Mundial das Favelas, nesta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro. A agenda integra o G20 Social, uma iniciativa que antecede a cúpula do G20 e reúne cerca de 300 atividades.

Em seu discurso, a ministra ressaltou o valor da participação popular na construção de políticas públicas: “O governo Lula, ao levar essa pauta para o G20, responde ao movimento popular brasileiro, que há anos pede um novo jeito de fazer política, com inclusão e respeito”, lembrou a gestora, salientando que, ao tratar de periferias e favelas, é indispensável abordar a “dignidade urbana”, além de integrar políticas ambientais e sociais. “Somos os primeiros impactados pelas crises e pelas decisões tomadas em esferas que muitas vezes não incluem nossa presença”, pontuou.

Foto: Márcia Maria Cruz

Macaé Evaristo concluiu enfatizando que os direitos humanos vão além de questões convencionais. “Precisamos olhar para as mulheres empreendedoras da periferia e reconhecer que o direito ao desenvolvimento e ao empreendedorismo também são direitos humanos. Para construir uma sociedade mais justa, é essencial garantir que as necessidades das comunidades e dos trabalhadores sejam respeitadas e promovidas”, finalizou.

Durante o evento, foi apresentado aos participantes o documento “Communiqué do G20 Favelas”, que será levado aos líderes do G20 nos próximos dias. O comunicado trata de temas fundamentais para as comunidades periféricas, como infraestrutura, discriminação e estigma, sustentabilidade, desenvolvimento humano, emergência climática, violência policial e urbanização.

G20 Social

A programação do G20 Social reúne painéis principais e 271 atividades organizadas por entidades da sociedade civil. Representantes de populações dos países do G20 discutem propostas que serão incluídas no documento final a ser entregue ao presidente, com sugestões para influenciar as decisões do bloco em temas essenciais para a inclusão e equidade global.

Além da participação no Fórum Mundial das Favelas, Macaé Evaristo esteve mais cedo no seminário “A erradicação da fome e a reforma da governança global: diálogos e convergências necessárias” e participa ainda hoje do painel de alto nível sobre os direitos de crianças e adolescentes e das atividades promovidas pelo Movimento Nacional de População de Rua.