A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e outras 20 pessoas dentro operação Caronte foi aceita na íntegra, por unanimidade, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Agora, todos os 21 citados se tornam réus no processo.

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O julgamento na 5ª Câmara Criminal do TJSC aconteceu nesta quinta-feira (14) e teve 4h30 de duração. Os réus irão responder agora por organização criminosa e corrupção passiva, entre outros delitos.

Eles são investigados por supostamente terem montado esquemas de crimes contra a administração pública e consumidores em Criciúma, em especial no controle do serviço funerário. O caso veio à tona com a deflagração da Operação Caronte em agosto deste ano.

A relatora da matéria foi a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt. Ela aceitou a denúncia do MP na íntegra. Os desembargadores Luiz Cesar Schweitzer e Luiz Neri Oliveira de Souza acompanharam o voto da relatora, de forma unânime.

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Segundo o TJSC, as medidas cautelares ainda vigentes devem ser analisadas individualmente em próximas sessões do colegiado. 

A defesa de Clésio Salvaro se pronunciou através de nota. Confira na íntegra:

“A defesa do Prefeito CLESIO SALVARO recebe a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, de recebimento da denúncia, com naturalidade. Reflete apenas a aceitação do prosseguimento da peça acusatória, conferindo ao Ministério Público a oportunidade de provar as suas alegações. Não indica reconhecimento de culpa, não antecipa qualquer interpretação judicial sobre os fatos e muito menos implica antecipação de condenação. Temos a mais absoluta certeza de que a justiça será feita e se concretizará com a absolvição do ilustre Prefeito.”

Relembre caso

No dia 3 de setembro, Clésio foi afastado do cargo de prefeito por ter sido preso na operação, que tinha como foco a prestação de serviços funerários e a relação de empresários com pessoas ligadas à prefeitura da Criciúma. Depois de 23 dias, ele foi solto com cautelares, que foram derrubadas no fim de outubro.

Um pedido do MPSC para que o prefeito fosse preso novamente foi negado pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer em outubro. O pedido alegava que ele havia descumprido uma medida cautelar imposta pela desembargadora.

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Em decisão do dia 31 de outubro, a Justiça autorizou que ele voltasse ao cargo de prefeito de Criciúma, o que ocorreu no dia 1º de novembro.

Agora que se tornaram réus, as 21 pessoas serão citadas para apresentar a defesa. Dessa forma, os acusados serão ouvidos no judiciário, e o Ministério Público terá que contrapor as manifestações da defesa.

Só então a Justiça definirá pela condenação ou não dos réus.

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