Genro empurra sogra de 86 anos de cima de escada e vira réu no Paraná
Data: 14/01/2025 16:53:27
Fonte: contigo.com.br
Um caso está chamando a atenção em Ponta Grossa, no Paraná: genro empurra a sogra de 86 anos de uma escada e vira réu
André Ferreira, de 47 anos, tornou-se réu na Justiça sob a acusação de tentativa de feminicídio contra sua sogra, Marlene Foltran, de 86 anos. O incidente ocorreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, quando, segundo o Ministério Público (MP), ele teria empurrado a idosa de uma escada. O caso, que deixou Marlene em estado grave e inconsciente, gerou grande comoção e está sendo acompanhado de perto pelas autoridades.
De acordo com a denúncia formalizada pelo MP, o crime aconteceu em 12 de dezembro. Marlene foi empurrada pelo genro enquanto tentava visitar a filha, que enfrenta um câncer em estágio avançado. “Ela sofreu traumatismo cranioencefálico grave e múltiplas fraturas”, afirmou o MP, destacando que a rápida intervenção médica foi crucial para salvar a vida da idosa. Desde o incidente, André Ferreira permanece detido preventivamente, após sua prisão em 19 de dezembro.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) aceitou a denúncia do MP em 13 de janeiro, que acusa Ferreira de tentativa de homicídio qualificada por feminicídio e por ser contra uma pessoa idosa. O MP busca que o julgamento ocorra no Tribunal do Júri e solicita uma reparação mínima de R$ 10 mil pelos danos causados à vítima. O promotor João Eduardo Antunes Mirais reforçou a gravidade do caso, afirmando que André Ferreira “empurrou a sogra da escada com o objetivo de matá-la”.
A defesa de André Ferreira, conduzida pelo advogado Fernando Madureira, contesta as acusações. Em nota enviada ao g1, a defesa alega que “é prematuro afirmar que houve tentativa de feminicídio” e que as provas são circunstanciais. Madureira destacou a necessidade de aguardar os laudos periciais e o desenvolvimento do processo antes de qualquer conclusão definitiva sobre o caso.
Do lado da acusação, as advogadas Sarah Bayer Ferraz e Angélica Cristina Afani Lenz, que representam a família de Marlene, estão confiantes na condenação de Ferreira. “Vamos trabalhar incansavelmente junto do Ministério Público para que esse agressor seja punido pelos crimes que cometeu”, declararam. Para elas, o episódio foi um ato de violência intencional que não pode passar impune. A Políci Cívil do Paraná deve enviar as provas que recolheu quando for marcado o julgamento.
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