Tribunal de Justiça pede extradição de ex-PM que fugiu para os EUA após ser denunciado por atropelar e matar quatro pessoas com viatura no Paraná
Data: 29/01/2025 15:07:20
Fonte: g1.globo.com
MPPR pede aos EUA extração de ex-policial foragido
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) solicitou a extradição do ex-policial militar Kleber Giglio Norberto, que fugiu aos Estados Unidos da América (EUA) depois de ser denunciado por atropelar e matar quatro pessoas em um ponto de ônibus de Curitiba.
O atropelamento foi registrado em julho de 2018, na Linha Verde. Segundo a denúncia, Kleber dirigia uma viatura policial em alta velocidade quando atingiu os pedestres que estavam na calçada. Ele responde pelo crime de homicídio com dolo eventual – quando o autor assume o risco de causar a morte de alguém.
Na época, conforme o Ministério Público (MP), Kleber era policial militar, mas desertou da corporação ao fugir do país.
O MP teve conhecimento de que o ex-policial estava morando no estado norte-americano de Utah e solicitou a inclusão do nome dele na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Recentemente, o Ministério Público foi comunicado que Kleber foi detido nos EUA por violação de leis migratórias, e o órgão solicitou o cumprimento do mandado de prisão existente contra o policial.
Ex-policial militar Kleber Giglio Norberto — Foto: Reprodução
Por meio de nota, o advogado Nilton Ribeiro, responsável pela defesa do ex-policial, afirma que a acusação contra Kleber e o pedido de extradição são equivocados.
“Kleber, na condição de Policial Militar, se envolveu em um acidente. Falar em dolo eventual é um grave erro que iremos corrigir no decorrer do processo”, defende o advogado.
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Segundo a denúncia, a viatura conduzida por Kleber Giglio Norberto circulava em alta velocidade pela canaleta exclusiva para ônibus na Linha Verde quando um homem cruzou a pista.
O motorista tentou desviar, mas perdeu o controle da direção, bateu em outros carros e atingiu o ponto de ônibus.
Quatro pedestres que estvam no ponto foram atropeladas. Duas delas morreram no local. Outras duas foram socorridas e encaminhadas a um hospital, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.
Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que o carro da Polícia Militar estava a 138 quilômetros por hora antes da batida.
As investigações da Polícia Civil apontaram que os PMs não estavam atendendo a nenhuma ocorrência quando a batida aconteceu e que a sirene do carro não estava ligada.
As vítimas foram:
Elizandra acompanhava a sogra, Vergínia, a uma visita ao Hospital Erasto Gaertner.
Já Fabiana e Franciele eram colegas de trabalho e tinham acabado de encerrar o expediente. Franciele estava esperando o ônibus para buscar o filho na escola no momento do acidente.
Vergínia e Elizandra à esquerda e Franciele e Fabiana à direita — Foto: Reprodução/RPC
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