Com programação gratuita, 3° Festival Transamazônico começa nesta terça-feira (25) em Rio Branco
Data: 25/02/2025 18:10:50
Fonte: g1.globo.com
A 3° edição do Festival Transamazônico será no Cine Teatro Recreio em Rio Branco. — Foto: Rose Farias/ Arquivo Pessoal
Com programação gratuita, a 3° edição do Festival Internacional de Cinema LGBTQIAPN+ Transamazônico começa, nesta terça-feira (25), a partir das 16h com a exibição de curtas e longas-metragens no Cine Teatro Recreio em Rio Branco. A abertura oficial do evento está marcada para às 18h30 com apresentação da artista Saliza. (Confira a programação completa abaixo)
Entre os dias 25 a 27 de fevereiro, o festival deve exibir 17 produções audiovisuais premiadas sobre a comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, uma oficina com a atriz e diretora Kika Sena será ofertada no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) na capital acreana. (Conheça a história da atriz abaixo)
O objetivo do festival é propor um diálogo sobre a presença de profissionais trans e travestis na indústria cinematográfica brasileira e a importância da inclusão e como fortalecer esse protagonismo nas telas.
O Festival Transamazônico é um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), com financiamento do governo do Acre e Ministério da Cultura (MinC).
Kika Sena oferta oficina durante chegada do Festival Transamazônico em Rio Branco — Foto: Cedida
Kika Sena é natural de Marechal Deodoro, em Alagoas (AL), mas se apaixonou pelo Acre em 2019, quando veio gravar o filme Noites Alienígenas, e não quis mais ir embora. Ela mora na capital Rio Branco, é casada com uma mulher e tem um filho.
O amor pelo cinema e a arte começou no período escolar de Kika Sena. Ela participou de um grupo de teatro do colégio, se apaixonou e decidiu ser atriz quando terminasse a escola. Com a paixão pelo teatro, decidiu cursar artes cênicas na Universidade de Brasília (UNB). Ela se formou em 2018.
Foi nesse ano que surgiu o teste para encontrar uma atriz trans para o filme Paloma, do diretor Marcelo Gomes. Kika fez o teste e ganhou o papel principal. O longa conta a história de uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco e sonha em casar na igreja, mas é impedida pelo padre. Persistente, Paloma vai em busca do seu sonho.
“Tive muita sorte, sou uma pessoa de muita sorte no cinema. Sempre encontro pessoas muito generosas, é muito bom você ser uma atriz que está se inserindo no cinema e encontra pessoas generosas. Minha formação, com certeza, ajudou bastante. Cinema e teatro não são coisas que fazemos só. Precisa muito das outras pessoas”, confessou.
Ela fez ainda mestrado na área de teoria e prática das artes cênicas, na Universidade Federal do Acre. É pesquisadora de gênero, sexualidade, raça e classe. Desde 2015, desenvolve estudos relacionados à voz e palavra em performance com cunho político referente ao corpo da mulher “trans” e travesti na cena teatral e social brasileira.
Em 2017, lançou o livro “Periférica”, pela Padê Editorial, antecedido por “Marítima”, publicação independente. Em 2019, publicou o zine “Subterrânea” e dirigiu o espetáculo “Transmitologia” (DF). No ano seguinte, “DesQuite” (AC), numa parceria com As Aguadeiras. Mais recentemente, atuou em “Ovelha Dolly” (AC), dirigido por Sarah Bicha.
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*Estagiária sob supervisão de Yuri Marcel
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3° Festival Internacional de Cinema Transamazônico estreia, nesta terça-feira (25), em Rio Branco.