Dólar e Ibovespa avançam de olho Petrobras e ‘tarifaço’ de Trump
Data: 27/02/2025 18:07:50
Fonte: veja.abril.com.br
O dólar fechou em alta de 0,45% nesta quinta-feira, 27, cotado a R$ 5,83, maior patamar em mais de três semanas, ao passo que o Ibovespa, principal índice da B3, registrou estabilidade no fim do pregão, em 124.798 pontos, após operar em alta durante o dia.
No cenário doméstico, o principal catalisador para os negócios foi a divulgação dos resultados anuais e do quarto trimestre de 2024 da Petrobras, que anunciou os números após o fechamento de mercado desta quarta-feira, 26. No ano passado, a estatal reportou um lucro de 36,6 bilhões de reais, incluindo um prejuízo de 17 bilhões de reais no quatro trimestre, o que equivale a um tombo de 70% no lucro da empresa quando comparado a 2023.
Em resposta, o mau humor dos investidores diante aos resultados fez com que os papéis da companhia caíssem mais de 4% durante o dia de hoje, o que, consequentemente, pressionou o Ibovespa. As ações preferenciais (PETR4) fecharam o dia negociadas em baixa de 3,53%, a 36,61 reais.
No entanto, o principal índice da B3 avança impulsionado pela alta de demais papéis vindos de empresas relevantes. O destaque vai para a Embraer, do setor de aeronáutica, que triplicou seu lucro no último trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano retrasado.
No mercado internacional, o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores ainda é engatilhado pelo “tarifaço” imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após o republicano afirmar que as tarifas de importação de 25% para os vizinhos Canadá e México começam no mês de abril, agora os alvos são produtos da União Europeia.
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“Adoro os países da Europa, mas a União Europeia foi feita para ferrar os EUA, sejamos honestos. E eles têm feito um bom trabalho”, disse Trump em sua primeira reunião de gabinete, realizada na última tarde.
Além disso, foi divulgado que o crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou no último trimestre de 2024, atingindo uma taxa anualizada de 2,3%, uma queda notável em relação aos 3,1% do trimestre anterior. Aliado à incerteza em relação ao resultado, o mercado aguarda os próximos passos da política monetária americana e as possíveis consequências de novos movimentos tarifários na economia — tanto a dos Estados Unidos, quanto para outros países.
“O mercado de câmbio trabalha com movimentos mais fortes para alta e os juros também. Podemos esperar que os juros cheguem a 15% ou até 16% no final do ano”, afirma Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain.
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