Baixar Notícia
WhatsApp

Mercado vê Haddad fragilizado com Gleisi e dólar sobe

Acessar notícia original

Data: 28/02/2025 14:30:32

Fonte: poder360.com.br


O dólar comercial subia 1,08% às 13h50 desta 6ª feira (28.fev.2025), aos R$ 5,89. A moeda dos EUA voltou a se aproximar de R$ 5,90 pela 1ª vez desde 27 de janeiro, quando atingiu R$ 5,91. Um dos motivos é a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) em indicar a presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), para o Ministério das Relações Institucionais.


Embora o mercado esteja enxergando um enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela chegada de Gleisi como articuladora política de Lula no Planalto, o Poder360 apurou que o presidente não cogita tirá-lo do atual posto, diferentemente do que parte da mídia tem noticiado.



Na realidade, uma ordem recente de Lula levou 2 ministros, em geral críticos de Haddad (Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia), a fazerem elogios públicos ao titular da Fazenda.


Haddad e a presidente do PT já divergiram sobre a condução da política econômica. A congressista defendeu aumento de gastos públicos para aquecer a economia, mesmo que isso possa levar a um deficit primário nas contas, enquanto o ministro defendeu que o saldo negativo não significa, necessariamente, aumento da atividade econômica.


No mercado, há receio de que pautas importantes para equilibrar as contas públicas sejam escanteadas. Gleisi já fez diversas críticas aos agentes financeiros e é vista como representante da ala mais ideológica e como uma barreira ao avanço de temas econômicos importantes.


O anúncio do nome de Gleisi para comandar o Ministério de Relações Institucionais foi feito às 13h10, quando o dólar estava a R$ 5,86. Trinta e sete minutos depois, atingiu R$ 5,89.


A deputada federal entra no lugar de Alexandre Padilha (PT), escolhido para chefiar o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. Os petistas se encontraram no Palácio do Planalto nesta manhã fora da agenda oficial do presidente.