Panorama da Bahia premia “WR Discos”, “Mambembe”, “Caminhando no Escuro” e o curta “Ymburana”
Data: 10/04/2025 12:11:22
Fonte: revistadecinema.com.br
O documentário “WR Discos – Uma Invenção Cultural” (foto), de Nuno Penna e Maira Cristina, triunfou na Competitiva Baiana, principal segmento da vigésima edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema, realizado em Salvador, na Bahia. O melhor curta baiano foi “Ymburana”, de Mamirawá, com a codireção de Rômulo G. Pankararu e Maria Tucumã. Os dois filmes receberão prêmios no valor de R$50 mil (para o longa) e R$10 mil (curta) da Fundação Flávia Abubakir.
O melhor filme nacional foi “Mambembe”, de Fábio Meira. O prêmio internacional coube a “Caminhando no Escuro”, do indiano Kinshuk Surjan. O melhor curta brasileiro foi “Como Nasce um Rio”, de Luma Flôres, e o internacional, o libanês “Sal Marinho”, de Leila Basma.
O júri da competição baiana justificou a escolha de “WR Discos”: “Ao afirmar a potência do seu lugar e dos seus, e insistir, um estúdio de gravação em Salvador criou as condições para a invenção de uma música baiana que conquistou o mundo e deixou um legado inestimável para a cultura musical de todo um povo”. E os diretores “reconstroem essa história desde dentro, dos bastidores”.
“Quem é essa Mulher?”, documentário de Mariana Jaspe, que resgata a história da baiana que foi a primeira médica negra do Brasil, foi o longa baiano escolhido pelo Júri das Associações (Apan, APC e Autorais) e pelo voto popular em Cachoeira. “Pela direção precisa e inventiva que transforma uma investigação histórica em uma jornada cinematográfica de descobertas e revelações”, afirmou o júri. O filme ganhou ainda por melhor roteiro, escrito por Mariana Jaspe e Muriel Alves, com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira.
Competitiva nacional – Um documentário sobre a tentativa de fazer um filme, “Mambembe”, de Fábio Meira, foi o longa vencedor da Competitiva Nacional. O júri oficial justificou a escolha “pela forma original em que usa o encadeamento de duas narrativas paralelas, transitando entre a ficção e o documentário com fluidez”. A produção goiano-carioca ganhou ainda o prêmio de melhor montagem para Affonso Uchôa, Fábio Meira e Juliano Castro.
O trio do júri elegeu “Como Nasce um Rio”, de Luma Flôres, como melhor curta-metragem, “pela maneira lúdica com a qual o filme aborda a sensualidade feminina com delicadeza e lirismo”. O filme também foi o escolhido pelo júri das associações.
PREMIADOS DO XX PANORAMA
JÚRI OFICIAL
Competitiva Nacional:Longa-metragem
- Melhor Filme: Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção: Milena Times por Ainda não é Amanhã
- Melhor Roteiro: Bernard Lessa por O Deserto de Akin, de Bernard Lessa
- Melhor Fotografia: Petrus Cariry por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor atuação: Mayara Santos por Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Montagem: Affonso Uchôa, Fabio Meira e Juliano Castro por Mambembe, de Fábio Meira
- Melhor Direção de Arte: Juliana Lobo, por O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Som: Marcos Lopes por A Queda do céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha
Curta-metragem
- Melhor Filme: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
Competitiva Baiana
- Melhor longa: WR Discos – Uma invenção Cultural, de Nuno Penna e Maira Cristina
- Melhor curta: Ymburana, de Mamirawá com a co-direção de Rômulo G. Pankararu e Maria K. Tucumã
- Prêmio de Direção: DF Fiuza, por “Palavra”
- Prêmio de Roteiro: Mariana Jaspe e Muriel Alves com a colaboração de Ricardo Gomes e Flávia Vieira, por Quem é Essa Mulher? De Mariana Jaspe
- Prêmio de Fotografia: Gabriel Teixeira, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
- Prêmio de atuação: Gilson Ferreira e Durval Braga, por Amor não cabe na sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
- Prêmio de Montagem: Igor Caiê Amaral, por Catadoras, de Dayse Porto
- Prêmio de Direção de Arte: Alice Braz, por Meu Pai e A Praia, de Marcos Alexandre
- Prêmio de Som: Dudoo Caribe e Danilo Duarte, por Na volta eu te encontro, de Urânia Munzanzu
Competitiva Internacional
- Melhor Longa: Caminhando no Escuro, de Kinshuk Surjan (Índia, Bélgica)
- Melhor Curta: Sal Marinho, de Leila Basma (Líbano e Qatar)
JÚRI JOVEM
- Melhor Longa: Ainda não é Amanhã, de Milena Times
- Melhor Curta: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr.
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Catadoras, de Dayse Porto
- Melhor Curta: Bárbara, de Vilma Carla Martins
PRÊMIO CANAL BRASIL
- Melhor Curta: Fenda, de Lis Paim
JÚRI DAS ASSOCIAÇÕES (APAN, APC, AUTORAIS)
- Melhor Longa: O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel
- Melhor Curta: Como Nasce Um Rio, de Luma Flôres
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
- Melhor Curta: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
JÚRI POPULAR CACHOEIRA
- Melhor Longa Baiano: Quem é essa mulher?, de Mariana Jaspe
- Melhor Curta Baiano: Tigrezza, de Vinicius Eliziário
PRÊMIO IGUALE (PanLab de Montagem)
Ama Mba’é Taba Ama, montado por Maurizio Morelli e dirigido por Gal Solaris e Nádia Akawã Tupinambá, ganhou recurso de acessibilidade (legendagem descritiva ou Libras)
PRÊMIO ATELIER RURAL (PanLab de Montagem)
Ópera dos Sapos, montado por Daniel Correia e Higor Gomes, e dirigido por Ulisses Arthur Bomfim Macedo, ganhou uma semana de pós-produção, com hospedagem no local
PRÊMIO PARADISO MULTIPLICA (PanLab de Roteiro)
Longa:
Colmeias, de Bruna Laboissière
Curtas:
Dois reais e um sonho, de Isadora Lis
Pra quando ela chegar, de Antonio Victor Simas
PRÊMIO AExiBe (Seminário de Exibição)
O Último Azul, de Gabriel Mascaro, tem exibição garantida em pelo menos 40 salas de cinema
PRÊMIO PROJETO PARADISO
O silêncio das ostras, de Marcos Pimentel, ganhou R$ 10 mil para investimento em distribuição