Fórum dos Leitores
Data: 20/04/2025 03:06:30
Fonte: estadao.com.br
Apostas online
Como o cigarro dos anos 80
Filipe Luís compara apostas a cigarro após indiciamento de Bruno Henrique: ‘Não temos noção do dano’ (Estadão, 17/4). Bastante sensata a declaração do técnico do Flamengo sobre as bets. Eu detesto ver o meu time do coração estampando sua camisa com uma delas. E, da mesma forma, detesto ver esportistas bem-sucedidos fazendo propaganda deste vício tão prejudicial às pessoas, como fazem hoje dois figurões do futebol por quem eu tenho o maior respeito. Deveriam usar a fama para combater esse mal, e não para divulgá-lo. Conheço a história real de um cidadão que perdeu todos os seus bens, roubou recursos do seu próprio estabelecimento para jogar e dispensou funcionários inocentes por desfalque. Reflitam.
Alceu Tiburcio dos Reis
São Paulo
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Saúde mental
Filipe Luís marca um gol importante ao se pronunciar sobre as apostas online. Recusando convite para ser garoto-propaganda das bets, ele alerta para as consequências da dependência de jogos. Relaciona com o cigarro e a Fórmula 1 de anos atrás, demonstrando uma cultura não encontrada no ambiente em que vive, onde o dinheiro e a fama sempre falam mais alto que os valores. Ídolos do esporte e da comunicação monetizam a saúde mental e econômica daqueles que os admiram. Filipe Luís é o meu garoto-propaganda para saúde mental.
Carlos Ritter
Caxias do Sul (RS)
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Governo Trump
Cavalo de pau
1944, Conferência de Bretton Woods, onde foram criados o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (Gatt) e quando, de fato, o dólar se torna a moeda padrão internacional, pela garantia da conversibilidade em ouro. Com grande avidez, governos e cidadãos do mundo afora passam a adquirir os valiosos dólares e títulos do Tesouro americano. O endividamento externo dos EUA cresce com vigor. 1971, o governo Nixon aplica um grande calote: o dólar não seria mais conversível, seria apenas papel-moeda. O ouro não é mais freio na emissão de dólares e títulos. Pela força hegemônica da economia americana, aceite geral. O endividamento americano continua em sua trajetória e atinge US$ 27 trilhões em 2024, ou seja, superior ao próprio PIB. O déficit fiscal ganha normalidade e atinge US$ 1,8 trilhão. Enquanto outros países, se gastarem mais do que arrecadam e não refrearem a inflação, mergulham em violentas crises, os EUA navegaram por décadas na onda dessa maravilhosa fonte de recursos. Mas, em 2025, o comandante supremo faz um cavalo de pau.
Antonio Augusto d’Ávila
Porto Alegre
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Trump x academia
Para justificar o corte de US$ 2,3 bilhões de verba federal, o presidente Donald Trump descreveu a Universidade Harvard como “uma piada” que “ensina ódio e estupidez”. Uma universidade que produziu na sua história nada menos que 161 ganhadores de Prêmios Nobel e que está sempre entre as melhores dez universidades do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education, não pode ser descrita assim. Piada, mesmo, é um presidente que foi considerado culpado em 34 acusações de falsificação de registros comerciais; que quer anexar um outro país independente (Canadá) como mais um Estado americano e que produziu nada menos que 20 mil notícias falsas durante seu primeiro mandato (The Washington Post, 2020). É perigoso ter uma pessoa assim como presidente dos Estados Unidos, e é incompreensível “o silêncio dos mortos” dos americanos.
Omar El Seoud
São Paulo
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Educação
Exemplo
Oportuna e poderosa a reflexão apresentada no artigo da colunista Laura Karpuska, escrito em colaboração com Filomena Krauel, em edição recente do Estadão (Quem lidera as escolas?, 4/4, B5). Primeiro, porque histórias como a da escola no interior do Piauí e o exemplo do seu diretor precisam e merecem o compartilhamento para que cheguem ao maior número de pessoas. Segundo, porque é fato a relevância do diretor no desempenho e desenvolvimento das escolas. E, terceiro, pelo acolhimento em ler e saber que há mais pessoas e educadores olhando para o tema. Sozinhas, não mudamos o mundo, mas, ao dar visibilidade a histórias como a deste diretor, de outras pequenas ações e manifestos, geramos um movimento que pode contribuir na transformação e para melhorias.
Patrícia Romano
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
PRECISA MAIS?
“Corruptos de toda a América Latina já sabem onde se refugiar da Justiça de seus países. Nem precisam provar que são inocentes ou perseguidos políticos, basta serem amigos de Lula” (Estadão, 17/4, A15). E precisa de mais alguma coisa? Triste realidade de um presidente corrupto.
Roberto Solano
Rio de Janeiro
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NADINE HEREDIA
Asilo político ou refúgio são concedidos quando há perseguição por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política. Nada a ver com o caso da ex-primeira-dama peruana, Nadine Heredia, que foi condenada juntamente com seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por crime de corrupção. Ambos receberam milhões de dólares em propina da Odebrecht. A empatia do sr. Lula da Silva com o casal Humala é tão grande a ponto de seu governo ter enviado um avião da FAB para buscar a ex-primeira-dama no país vizinho. Será porque ambos foram condenados no âmbito da Lava Jato?
Deri Lemos Maia
Araçatuba
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IMPORTAÇÃO DE BANDIDO
Lula importa corrupto, Xandão põe traficante internacional em prisão domiciliar (Estadão, 17/4). Depois de exportar a corrupção, o Brasil agora exporta a impunidade e importa malandro. Onde está escrito Brasil, leia-se Luiz Inácio. Companheiro que é companheiro, não abandona os seus. Lula da Silva, envolvido até as orelhas nos escândalos financeiros patrocinados pela Odebrecht, não deixaria de dar asilo político a Nadine Heredia, mulher do ex-presidente do Peru Ollanta Humala, ambos condenados por corrupção. Nosso genial presidente, possuidor de uma inteligência rara, ignora que, ao receber uma condenada a 15 anos de prisão pela Justiça peruana, criará um incidente diplomático com o país vizinho. Aparentemente, o imbróglio que Lula envolveu o País conta com a benção de Alexandre de Moraes.
Maurílio Polizello Junior
Ribeirão Preto
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NINHO DA CORRUPÇÃO
Asilo político é a proteção concedida a estrangeiros que sofrem perseguição política, religiosa ou racial. A esposa do ex-presidente do Peru, Nadine Heredia, ao que se sabe recebeu asilo diplomático no Brasil e foi trazida por avião da FAB. Heredia foi condenada a 15 anos de prisão no seu país, por ter recebido milhões de propina da Odebrecht. Muito oportuna a busca desse ninho, pois o Brasil é sem sombra de dúvidas um dos países que mais apoia a corrupção e corruptos. Basta ver o que ocorreu com na Operação Lava Jato, onde todos os processos foram anulados ou prescreveram. Enquanto isso, no resto da América Latina, ex-presidentes do Peru e do Panamá foram presos. No Brasil, a diplomacia petista coloca no mesmo nível corrupção e política. Não por acaso, todos estão de volta no governo.
Izabel Avallone
São Paulo
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CEP ERRADO
Justiça peruana condena ex-presidente Ollanta Humala a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro (Estadão, 15/4). No Brasil, a Lava Jato não deu certo porque o julgamento aconteceu no CEP errado.
Arcangelo Sforcin Filho
São Paulo
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LAVA JATO PERUANA
Interessante que a Lava Jato peruana tenha aceitado delações da Lava Jato brasileira, tão demonizada e anulada pelos atuais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A justiça peruana aceitou investigar e acaba de condenar a 15 anos de prisão o ex-presidente Ollanta Humala e a ex-primeira-dama Nadine Heredia, que se exilou no Brasil. É incrível que Humala foi mais um presidente julgado e condenado naquele país por receber propinas da empreiteira Odebrecht. Bem-vinda, Nadine Heredia, pois nosso país é mesmo o paraíso dos corruptos.
Beatriz Campos
São Paulo
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ANISTIA
O relator da Organização das Nações Unidas (ONU), Bernard Duhaime, solicitou ao Brasil reavaliar a Lei da Anistia, destacando a necessidade de enfrentar plenamente as violações da ditadura. Também mencionou a falta de políticas abrangentes no País para lidar com graves violações de direitos humanos e reforçou a importância das sentenças obrigatórias da Corte Interamericana. Disse que ataques à democracia brasileira continuam sendo uma preocupação e que o Brasil precisa implantar as medidas de justiça de transição. Fica a dica!
Júlio R. A. Brisola
São Paulo
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VOO DE GALINHA
Receita para voo de galinha (Estadão, 15/4, A3). É interessante analisar os dados macroeconômicos sobre os níveis de poupança e investimento no Brasil e em outros países, porém não se deve ter a ilusão de que o simples aumento do investimento trará, necessariamente, um maior desenvolvimento econômico no futuro. O governo federal desperdiçou incontáveis bilhões na usina de Angra 3, que foram classificados macroeconomicamente como investimento, mas que até agora em nada melhoraram a nossa geração de energia. O governo também escolhe desperdiçar os preciosos recursos públicos quando auxilia, por qualquer razão, os investimentos em setores privados pouco produtivos, pouco inovadores e pouco competitivos internacionalmente. Um exemplo clássico disso são os vultosos recursos destinados à obsoleta e moribunda indústria naval nacional, com os resultados de sempre em termos de desenvolvimento econômico real. Enquanto o Brasil não começar a entender que o dinheiro é um recurso muito escasso, seguiremos num eterno “voo de galinha”, torrando nossa suada poupança em consumo irresponsável (e até em apostas eletrônicas), enquanto grupos organizados tentam tirar nacos cada vez maiores do orçamento do governo. Até quando? Tristes trópicos.
Fernando T. H. F. Machado
São Paulo
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CARTÃO VERMELHO
Conforme noticiado, o craque do Flamengo, Bruno Henrique, foi flagrado por um criminoso, antidesportivo e abominável envolvimento no famigerado caso dos cartões amarelos, num esquema de apostas combinadas com parentes e afins. Por seu comprovado envolvimento no gravíssimo crime, Bruno Henrique merece ser condenado no âmbito esportivo com cartão vermelho e expulsão de campo por tempo indeterminado. Na esfera criminal, merece ser preso por fraude. Vergonha.
J. S. Vogel Decol
São Paulo
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BRUNO HENRIQUE
Bruno Henrique é, realmente, de outro patamar.
Vital Romaneli Penha
Jacareí