O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Oswaldo Trigueiro, defendeu a presença de mais mulheres na Corte. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta terça-feira (22), o magistrado revelou articulações para a implantação de listas tríplices femininas para futuras vagas, dando ao tribunal mais desembargadoras para equilibrar a presença masculina.

“Hoje, eu diria que nós temos um pecado sobre a participação da mulher nos tribunais. Nós temos um ‘clube do Bolinha’, ou seja, somos sete homens. E eu digo sete porque uma vaga existe, que é do advogado que está para chegar, mas na lista são três homens. Então seremos sete homens”, explicou o presidente do TRE-PB sobre a próxima vaga no Tribunal de Justiça da Paraíba, como verificou o ClickPB.

Oswaldo Trigueiro lembrou da recomendação da ministra Cármen Lúcia para a ampliação da presença de mulheres nos tribunais regionais eleitorais.

“Então qual é a ideia que a ministra Cármen Lúcia trouxe na última reunião que a gente teve há uns 15 dias com os presidente dos TRE’s do Nordeste? Ela trouxe o extrato dos tribunais regionais eleitorais do Nordeste e disse ontem tem mulher, onde não tem e onde tem poucas. E ela disse: ‘vamos mudar isso?’”, relatou.

Ainda segundo Trigueiro, a proposta da ministra Cármen Lúcia “é aquela mesma regra que está havendo, agora para os tribunais de justiça, a gente ter também para os tribunais regionais eleitorais: lista tríplice somente feminina. A origem são duas: vir com uma lista dentro do tribunal que é para a classe de juízes e ter também a lista que vem dos advogados.”

O presidente do TRE-PB se reuniu com os presidente do TJPB, desembargador Fred Coutinho, e da OAB-PB, Harrison Targino para tratar sobre o tema.

“E a gente bateu um papo, discutiu e vamos amadurecer isso. Acho que a tendência é essa: a gente ter listas alternadas”, detalhou Trigueiro. A alternância mencionada na proposta é de haver uma lista feminina e outra mista, com homens e mulheres indicados.

Oswaldo Trigueiro explicou, ainda, que a ideia da ministra Cármen Lúcia é uma recomendação e não é uma imposição.

“Mas a gente, aqui na Paraíba, vai inaugurar essa nova fase. Fred e Harrison foram muito receptivos. Agora, vai ser discutido internamente com a classe. Mas eu acho muito importante a gente ter isso”, pontuou o desembargador.

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