Baixar Notícia
WhatsApp

Modelo trans é morta a facadas um dia após aprovação de lei contra direitos LGBTQIA+, na Geórgia | Mundo | G1

Acessar notícia original

Data: 19/09/2024 21:48:38

Fonte: g1.globo.com

Kesaria Abramidze tinha 37 anos e foi assassinada na Geórgia — Foto: Reprodução/Instagram

Uma modelo trans foi morta a facadas na Geórgia, um dia após o país aprovar uma lgbt.ghtml” data-mrf-link=”https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/09/17/parlamento-da-georgia-aprova-lei-que-restringe-os-direitos-lgbt.ghtml” cmp-ltrk=”Article links” cmp-ltrk-idx=”1″ mrfobservableid=”111a4a80-b83c-46f5-af84-85b84e5f23e8″>lei que restringe direitos de pessoas LGBTQIA+. Kesaria Abramidze tinha 37 anos e foi assassinada dentro do próprio apartamento, na quarta-feira (18).

O namorado da vítima foi preso e é o principal suspeito do crime, segundo a imprensa local. O governo disse que investiga o caso “como um assassinato premeditado cometido com especial crueldade e circunstâncias agravadas por questões de gênero”.

Kesaria tinha mais de 500 mil seguidores no Instagram e foi a primeira pessoa na Geórgia a se assumir publicamente como transgênero. Ela representou o país no concurso Miss Trans Star International, em 2018.

Associações de defesa dos direitos LGBTQIA+ vincularam o assassinato ao debate político sobre a lei aprovada nesta semana. O partido Sonho Georgiano, que está no poder, aprovou um texto sobre “valores familiares”.

O projeto de lei fornece uma base legal para as autoridades proibirem eventos afirmativos e exibições públicas da bandeira do arco-íris, além de decretar censura a filmes e livros.

“Há uma correlação direta entre o uso do discurso de ódio na política e os crimes de ódio”, afirmou a organização Centro de Justiça Social.

A presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, descreveu o assassinato como “horroroso” e disse que o crime “deveria fazer a sociedade georgiana acordar”. Ela se posicionou contra a lei aprovada no Parlamento e disse que irá vetá-la.