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Deputado do PT do Paraná é condenado a prisão por pichação

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Data: 25/07/2024 17:22:02

Fonte: crusoe.com.br

O deputado estadual pelo Paraná Renato Freitas (PT; foto) foi condenado, nesta semana , em primeira instância por ter pichado uma unidade do supermercado Carrefour em Curitiba, no ano de 2020, durante uma manifestação. Na decisão, recebida pelo parlamentar nessa quarta-feira, 24, a pena definida foi de três meses de prisão em regime aberto.

Como a condenação é inferior a um ano, o parlamentar poderá cumpri-la em restrição de direitos, com a prestação de serviços comunitários.

O fato ocorreu em novembro de 2020, após a morte de um homem negro em um supermercado da rede francesa por seguranças em Porto Alegre. O crime na capital gaúcha foi cometido contra João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado e morto por seguranças contratados pela empresa. O crime — que ocorreu no Dia da Consciência Negra — foi recebido com manifestações por todo o país, incluindo em Curitiba, onde Freitas era vereador pelo PT à época.

Ele foi flagrado escrevendo com tinta a frase “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares”, atribuída ao ativista americano Martin Luther King, em um dos acessos ao mercado.

Ao receber a condenação, o parlamentar petista não recuou do ato. “Essa condenação é mais uma prova da perseguição política contra mim e contra todas as pessoas que defendem uma sociedade justa e livre do racismo”, escreveu em suas redes sociais. “Se esse é o preço, demorô, vamo que vamo, fé em Deus e nas atitudes corretas, o resto é consequência!”

Ele, que disse que irá recorrer da decisão no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), ainda quis comparar seu caso com o do presidente da Assembleia Legislativa do estado do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD) — que escapou de uma condenação de corrupção após assumir a autoria do crime. “Num lugar onde o próprio Tribunal de Justiça junto com o Ministério Público garante a impunidade de um deputado, como foi o caso de corrupção do Ademar Traiano, por outro lado quer me condenar criminalmente?”, questionou.

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