Baixar Notícia
WhatsApp

Homem que mandou pão de mel envenenado para amante da esposa será julgado na próxima quarta-feira

Acessar notícia original

Data: 20/09/2024 15:19:16

Fonte: cgn.inf.br

O caso do “Pão de Mel” em Cascavel, que chocou a população em 2021, terá um novo capítulo na próxima quarta-feira (25). O acusado, que teria enviado um pão de mel envenenado ao suposto amante de sua esposa, será julgado pelo Tribunal do Júri. A vítima, após consumir o doce, passou mal e ficou internada por vários dias, chegando a ficar entre a vida e a morte. Laudos periciais confirmaram a presença de carbofurano, um inseticida altamente tóxico e proibido no Brasil desde 2017.

“É um caso que gerou muita repercussão na cidade de Cascavel, é um crime raro, dificilmente nós vemos algum tipo de crime de homicídio com e é algo que a sociedade de Cascavel tem que realmente enfrentar, para ver se esse tipo de conduta tem que ser repreendida, se ela pode ser aceita ou não pela comunidade”, afirmou o advogado de acusação, Dr. Jeferson Makyama.

O julgamento já havia sido marcado anteriormente, mas precisou ser adiado devido ao abandono do plenário pela defesa do réu. A defesa também interveio com um recurso alegando que o réu não tinha sanidade mental na época do ato, mas o Tribunal de Justiça do Paraná rejeitou a alegação.

A vítima, que ficou em estado grave após consumir o doce envenenado, mudou de cidade e de vida por medo de novos ataques do réu. “É um crime premeditado, um crime com uma articulação realmente impressionante. A polícia demorou muito tempo para conseguir realmente desvendar o crime. Então a vítima hoje realmente tem muito receio de tudo o que aconteceu”, disse Makyama.

O assistente de acusação acredita que, desta vez, o julgamento será realizado e a sociedade terá uma resposta sobre o caso: “Uma justiça tardia não é justiça. Então é necessário, sim, que a comunidade de Cascavel analise esse caso e que dê a resposta. Se esse tipo de situação aqui na cidade pode ser aceitada, ou se isso não pode ser aceito e a pessoa tem que pagar pelos rigores da lei.”