Preso por ofensa racial, torcedor do Athletico não pode ir à Arena até 2028, decide TJD-PR
Data: 09/10/2024 18:11:19
Fonte: observatorioracialfutebol.com.br
Carlos Alexandre Tonin foi detido em flagrante após injúria contra Samuel Santos
O Pleno do Tribunal de Justiça do Paraná (TJD-PR) determinou que o torcedor do Athletico, Carlos Alexandre Tonin, seja mantido fora do Estádio Joaquim Américo por 2.160 dias, o que corresponde a quase seis anos, conforme já havia decidido a Segunda Comissão Disciplinar do tribunal em 26 de maio deste ano.
Tonin foi preso em flagrante por injúria racial contra o lateral-direito Samuel Santos, do Londrina, em partida realizada no dia 20 de março, pelas quartas de final do Campeonato Paranaense, na Arena da Baixada. O episódio foi relatado pelo árbitro Rodolpho Toski Marques na súmula do jogo.
Aos 30 minutos do 2° tempo, paralisei a partida após relato do jogador do Londrina Esporte Clube, n° 2 Senhor Samuel Henrique dos S. Eleoterio, que o torcedor identificado como Carlos Alexandre Tonin disse em sua direção: ‘seu preto vera verão’. Com o jogo paralisado solicitamos a presença do policiamento no local e o mesmo então foi levado a DEMAFE para as medidas cabíveis”, escreveu.
No dia seguinte, o athleticano foi liberado depois de pagar fiança de R$ 500. No âmbito interno do Furacão, Tonin respondeu com base nos regulamentos internos para sócios, e acabou suspenso por tempo indeterminado pelo clube. Ainda assim, na primeira instância, o Athletico foi multado em R$ 20 mil pelo caso.
Decisão reformada em parte
Sobre a multa, o Pleno do TJD-PR a reduziu para R$ 8 mil, mantendo apenas a suspensão de primeira instância ao torcedor que, mesmo representado por um advogado – o qual pedia uma redução da pena -, acabou tendo o seu recurso não conhecido por “não fazer parte” no processo. Cabe recurso em apenas mais uma instância desportiva, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Após este caso envolvendo o jogador do Londrina, torcedores do Bahia (pela Copa do Brasil) e do São Paulo (em duelo pelo Brasileirão) denunciaram episódios de ofensas raciais que teriam sido protagonizadas por torcedores athleticanos. No segundo caso, os envolvidos foram identificados e, desde então, o Furacão tem enfatizado o combate ao racismo em sua casa.
Acesse e leia nossos “Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol” 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 com os casos de preconceito e discriminação no esporte brasileiro aqui
Fonte: Banda B