A Justiça do Paraná (TJ-PR) aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-PR) contra quatro policiais militares (PM) suspeitos de assassinar Édson Luiz Botega Junior, conhecido como “Juninho”, no bairro Butiatuvinha, em Curitiba. O caso aconteceu no dia 15 de julho e, conforme dito à época, os policiais realizavam um patrulhamento nas imediações da Rua Domingos Agabito Budel por conta da ‘guerra’ ligada ao tráfico de drogas na região.




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Édson Luiz Botega Junior, conhecido como “Juninho”, à direita. Foto: Cristiano Vaz/Banda B – Reprodução



Segundo o MP-PR, que divulgou a informação nesta terça-feira (21), “a vítima, um jovem de 23 anos, foi morta pelos denunciados a tiros, não tendo as investigações identificado elementos que justificassem tal conduta”. A denúncia é pelo crime de homicídio qualificado.


A denúncia é resultado de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Grisio, ocorrida em agosto deste ano, em parceria com a Corregedoria-Geral da PM. À época, oito mandados de busca e apreensão e seis ordens de prisão temporária foram cumpridos.


O Gaeco sustenta na ação penal a prática de homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa do ofendido, agravado por violação de dever inerente a cargo dos agentes de segurança.

Ministério Público do Paraná.


O MP-PR informou que busca o julgamento dos envolvidos no Tribunal do Júri. Os quatro policiais foram afastados cautelarmente das funções.


O que disse a PM?


À época, em nota enviada ao Portal UOL, a PM-PR disse ter colaborado com a investigação. A corporação ressaltou que os suspeitos estão suspensos da função pública durante a apuração dos fatos. Como os agentes não tiveram os nomes divulgados, não foi possível localizá-los para pedir posicionamento.



O espaço segue aberto para novas manifestações.


O que diz a defesa dos envolvidos?


A Banda B também procurou a defesa dos envolvidos para comentar a denúncia do MP e aguarda retorno.


Detalhe


Apesar de seis terem sido presos em agosto, dois dos detidos naquele mês não receberam denúncia contra si. O MP-PR justificou à Banda B ao dizer que:


Em relação a dois agentes da rádio patrulha investigados, o processo foi arquivado em relação ao crime de homicídio, sendo instaurado novo procedimento para apurar eventuais crimes militares.

Ministério Público do Paraná.