Juíza do Paraná bloqueia bens de acusados de desviar milhões da Imcopa
Data: 08/11/2024 15:04:25
Fonte: veja.abril.com.br
A juíza Mariana Gluszcynski Fowler Gusso, do Tribunal de Justiça do Paraná, atendeu um pedido do conglomerado empresarial Imcopa, do Grupo Petrópolis, de Walter Farias, e determinou o bloqueio de bens e valores de oito pessoas e quatro empresas acusados de desviar milhões de reais da companhia. A decisão, obtida pelo Radar, é desta quarta-feira.
Depois de uma longa disputa judicial, a Imcopa foi devolvida ao Grupo Petrópolis por decisão do ministro Antônio Carlos Ferreira, do STJ, em março deste ano.
A magistrada da 26ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba deferiu a tutela cautelar contra Ruy del Gaiso, Renato Miranda Mazzuchelli, Daniel Augusti Graziano, Eduardo Asperti, Mauro Piacentini, Fernando Antônio Lauria Nascimento, Ricardo Bocchino Ferrari e Naede de Almeida e das empresas Crowned, Nuevo Plan5, Holland e R2C.
A Imcopa acionou a Justiça para “assegurar a reparação de danos ocasionados por manobras fraudulentas” que teriam sido praticadas por antigos controladores da companhia. Na decisão, a juíza apontou para indícios apresentados pela companha de que houve “desvios supostamente ilícitos de 171,5 milhões de reais, conforme apurado em auditoria privada”.
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“O pedido de urgência está amparado pelas alegações e documentos que foram expostos dentro da própria petição inicial, além de terem sido juntados em arquivos anexos. A questão exposta é grave e será analisada minuciosamente quando do ajuizamento da ação de responsabilidade. O deferimento da cautelar é necessário para resguardar futuro cumprimento de sentença contrária aos aqui requeridos”, afirmou.
“Ainda, o fluxo de valores para contas em paraísos fiscais pode tornar ainda mais difícil a localização de patrimônio, que pode ser ocultado ou dilapidado. O deferimento da tutela cautelar mostrou-se necessário para resguardar o patrimônio dos requeridos e evitar que o processo principal se torne inócuo”, concluiu Mariana Gusso.
Além dessa ação, em julho, o Radar noticiou que o CNJ apura suspeita de venda de decisões no TJ-PR relacionadas ao caso.