A juíza Eunice Haddad, presidente da Amaerj, ao centro, conduziu a solenidade de premiação da 13ª edição do Patrícia Acioli

A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (7/11), mais uma edição do Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos. O Plenário Ministro Waldemar Zveiter foi o palco da premiação deste ano, a 13ª, que teve número recorde de inscrições desde sua criação, em 2012. Dos 545 inscritos, 18 finalistas foram selecionados por seus trabalhos e iniciativas em prol dos direitos humanos e da cidadania ao redor de todo o país. 

A juíza Eunice Haddad, presidente da Amaerj, destacou o legado da juíza Patrícia Acioli e a importância do Prêmio na valorização das ações que defendem a dignidade humana. “A premiação traz visibilidade e incentiva práticas inspiradoras que fazem a diferença para a sociedade”, afirmou a juíza. 

O desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, primeiro vice-presidente do TJRJ, representou o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo. Ele parabenizou os projetos apresentados e citou a atuação de Patrícia Acioli como um exemplo para todos. “Sem esperança a gente não chega a lugar nenhum. Os projetos que vão ser apresentados nos trazem esperança de trazer uma justiça mais efetiva e é isso que estamos aqui promovendo”, destacou.

O Prêmio é dividido em 4 categorias – Trabalho dos Magistrados, Reportagens Jornalísticas, Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos. Os vencedores receberam troféus idealizados pela juíza Mirela Erbisti, que venceu o Prêmio na categoria Trabalho dos Magistrados, em 2018, ao lado da juíza Tula Melo. A escultura entregue aos premiados teve como inspiração a deusa Têmis. A juíza Mirela explicou detalhes de sua obra e aproveitou para fazer um convite. “Esse troféu traz a proposta de convocar todos a colocar seus mais variados dons e habilidades a serviço dos direitos humanos.”

Confira abaixo os vencedores do 13° Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos:

Trabalho dos Magistrados
1° lugar: “Semana de Conscientização da ‘Entrega Legal’“
Autora: Gleide Bispo Santos, juíza do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT)

2°lugar: “Protocolo Eu Te Vejo“
Autora: Vanessa de Oliveira Cavalieri, juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ)

3°lugar: “Projeto ‘Semeando o Futuro’“
Autora: Noeli Salete Tavares Reback, juíza do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)

Reportagens Jornalísticas
1° lugar: “Por trás das câmeras: PM executou, torturou e forjou provas em ação no Guarujá”
Autor: Luís Henrique Vieira Adorno (UOL)
2°lugar: “Fotos e vídeos de crianças são roubados das redes para alimentar mercado criminoso”
Autora: Monica Teixeira Marques (Fantástico – TV Globo)

3°lugar: Cerco às aldeias”
Autor: Vinicius Sassine (Jornal Folha de São Paulo)

Menção Honrosa: “Filhos do Açaí”
Autora: Mariana da Cunha Soares (Record TV – PlayPlus)

Menção Honrosa: “‘De toda cor’: Os desafios para pessoas trans e o mercado de trabalho”
Autor: Lucas Willian Soares Machado (Globonews)

Práticas Humanísticas

1° lugar:  “Futuro Brilhante”
Autor: Diego Alex de Matos Martins

2°lugar: “AMAR: A luta das mães e familiares na defesa de direitos de adolescentes no socioeducativo no Estado do Rio de Janeiro”
Autora: Valéria Gomes de Oliveira

3°lugar: “Você repórter da periferia”
Autora: Thais Alves Siqueira

Menção Honrosa: “Rede Baixada Literária – Literatura como direito humano”
Autora: Mônica da Silva Verdam

Menção Honrosa: “Círculos restaurativos com homens no contexto da Lei Maria da Penha”
Autor: Leandro Uchoas Ribeiro

Trabalhos Acadêmicos
1° lugar: “Chacina de Baião: Vidas (e mortes) camponesas importam“
Autor: João Marcel Evaristo Guerra

2°lugar: “A logística humanitária como garantia dos direitos fundamentais: Uma análise teórico prática no caso das enchentes do Rio Grande do Sul”
Autora: Ana Clara Fonseca Guilherme

3°lugar: “Direitos humanos e cidadania: O caso dos migrantes venezuelanos em Roraima”
Autora: Maria das Graças Santos Dias

Menção Honrosa: “Quem olhará para os condenados do inferno? Aplicação do cômputo em dobro do período de privação de liberdade executado em condições ilícitas”
Autor: Edivan Nascimento Pereira

Menção Honrosa: “A luta política do coletivo Por Elas Empoderadas entre os anos 2019-2022”
Autora: Natalia Pires Santos

O prêmio

O Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi criado em 2012 para homenagear a juíza Patrícia Acioli, Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo que foi brutalmente assassinada por policiais militares, em 2011, na Cidade de Niterói. O objetivo do prêmio é reconhecer e valorizar ações que contribuem para a sociedade através da defesa dos direitos humanos. O prêmio conta com o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). 

PB*/FS
*Estagiário sob supervisão de FS
Fotos de Felipe Cavalcanti