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Promotores do MP-SP se reúnem para tratar das investigações de delator do PCC morto em aeroporto

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Data: 18/11/2024 19:40:25

Fonte: cbn.globo.com

Promotores do Ministério Público de São Paulo se reuniram nesta tarde no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo para tratar das investigações sobre a morte de Vinicius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos.

Entre os presentes está o promotor Lincoln Gakiya, com experiência de mais de 20 anos no combate contra o Primeiro Comando da Capital.

O caso já dura dez dias e ainda não resultou na prisão dos responsáveis.

A força tarefa da segurança pública formada para investigar o caso informou que os criminosos receberam um sinal de dentro do saguão do aeroporto internacional de São Paulo para saber o momento de agir. Ou seja, existem indícios da participação de outras pessoas no crime além dos atiradores.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela TV Globo mostram o carro usado pelos criminosos dando voltas no acesso à plataforma de desembarque momentos antes do crime. Eles passam inclusive ao lado de um ônibus da Guarda Civil Municipal antes de se dirigirem ao local onde Gritzbach foi morto – no momento não havia nenhum agente na base.

A delegada do DHPP, Ivalda Aleixo, também disse a jornalistas que a polícia conseguiu identificar o suspeito que instalou uma sirene no carro usado pelos criminosos – de modo a facilitar a fuga.

Enquanto a Polícia Civil tenta identificar e prender os assassinos, as corregedorias das polícias Civil e Militar investigam o envolvimento de agentes de segurança com o delator do PCC.

Oito policiais militares que faziam escolta particular ilegalmente para Gritzbach – entre eles um oficial da PM – são alvo de um inquérito na corregedoria da corporação. De acordo com reportagem do g1, o órgão apura se eles compunham uma organização criminosa.

Já a Corregedoria da Polícia Civil identificou uma rede de empresas ligadas a policiais denunciados pelo delator por extorsão.

Todos os policiais citados foram afastados das funções enquanto durarem as investigações, de acordo com a força tarefa da segurança pública responsável por esclarecer o caso.

Vinicius Gritzbach era réu pela morte de dois membros do PCC e por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Em abril, ele fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público. Em troca de uma redução nas penas, ele denunciou integrantes do PCC por lavagem de dinheiro e agentes de segurança por extorsão.