O jornal Diário dos Campos e portal DCmais iniciam nesta segunda-feira (18) uma série de reportagens sobre o Aeroporto Municipal de Ponta Grossa – Comandante Antonio Amilton Beraldo.

A reportagem conversou com representantes de entidades e empresariado para entender quais são as principais demandas e pedidos de melhorias da atual estrutura do aeroporto. Os representantes das entidades contaram ao DCmais quais são as principais questões que envolvem o aeroporto municipal e a visão deles para que o espaço possa ser melhor utilizado comercialmente.

A primeira reportagem da série especial revela o pedido da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG): urgência na ampliação de voos comerciais partindo do aeroporto municipal.

Voos no aeroporto de Ponta Grossa

O aeroporto de Ponta Grossa voltou a ter voos comerciais em outubro de 2016. Antes, o local só operava voos particulares, principalmente para empresários da área agrícola.

Atualmente, o Aeroporto Municipal de Ponta Grossa opera voos comerciais através da empresa Azul até a cidade de Campinas em São Paulo três vezes por semana. O local já chegou a ter voos para os aeroportos de Guarulhos e Foz do Iguaçu, operados pela Voepass, mas foram desativados durante a pandemia e depois não voltaram a ser comercializados.

Urgência na ampliação de voos

A presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), Giorgia Bin Bochenek, conversou com a reportagem do jornal Diário dos Campos e do portal DCmais sobre a atual situação do aeroporto municipal.

“Ponta Grossa ainda necessita urgentemente ampliar sua oferta de voos. Com o crescimento constante, somente um voo diário mostra-se insuficiente. Temos que oferecer mais opções, tanto no número de voos e empresas operando, bem como de destinos. Ponta Grossa precisa dessa ampliação para estar mais conectada com outros destinos do País”, enfatiza.

Ampliação da estrutura

Giorgia destaca que para receber a ampliação de voos é necessária a ampliação da estrutura do local. “É necessária a ampliação e readequação da pista, para que possa operar por aparelhos bem como receber aviões de maior porte. Uma ampliação da estrutura física do prédio do nosso aeroporto também é necessária, uma vez que trata-se de uma construção de décadas passadas, com estrutura e tamanho que não condizem com os tempos atuais. É preciso que nosso aeroporto tenha uma edificação mais moderna e atual, com uma estrutura física capaz de receber mais passageiros, com conforto e agilidade de serviços”, comenta.

E as obras de ampliação?

O local aguarda obras de ampliação da pista de pouso e decolagem desde 2022. Um total de R$ 36,82 milhões foram destinados para a construção de nova taxiway (espaço para deslocamento em solo e manobra de aeronaves), reforma e ampliação do pátio de aeronaves, novo estacionamento de veículos e um terminal de passageiros com mais de 2 mil m². Porém, a obra nunca começou por uma disputa judicial das empresas que disputaram a licitação da obra.

Em agosto deste ano, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que o Tribunal de Justiça do Paraná derrubou a liminar que suspendia as obras. Ainda segundo o governo municipal, as obras só poderão iniciar após a finalização dos projetos e aprovação pela Secretaria da Aviação Civil.

E qual o futuro do aeroporto de Ponta Grossa?

A presidente da ACIPG enfatiza que a associação tem realizado reuniões com lideranças do empresariado, políticos e sociedade civil organizada, para que as demandas em relação ao aeroporto possam ser concretizadas.

“Sem dúvidas fazer com que o projeto de reestruturação avance nas esferas estaduais e federal. Temos cobrado e auxiliado a administração municipal para avançarmos na melhoria da estrutura de aeroporto e voos para Ponta Grossa. O passo mais importante é fazer com que estas demandas cheguem aos governos e autoridades federais e estaduais, e sobretudo passem a serem atendidas e finalmente as melhorias ocorram”, conclui. 

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