Chegou o fim do ano e começou outro. Também é momento de avaliar o que foi o ano que passou e planejar o novo ano. Contudo, a pressão por resultados pode trazer sentimentos de frustração, especialmente quando metas não são atingidas.

Segundo Mariana Stachiu, psicóloga e especialista em comportamento humano e liderança, esse período deve ser encarado como uma oportunidade de aprendizado e ajuste de estratégias, em vez de um momento de autopunição.

Para Mariana, é fundamental olhar para metas não atingidas sob uma perspectiva construtiva. “A frustração é natural, mas ela não precisa ser paralisante. É importante perguntar: o que podemos aprender com o que não foi realizado? Muitas vezes, as metas não cumpridas revelam falhas no planejamento ou mudanças externas que precisam ser consideradas no futuro”, afirma.

A especialista sugere passos para lidar com esse cenário:

Reavalie o contexto: considere fatores externos ou internos que impactaram os resultados.
Reconheça o progresso: mesmo que a meta total não tenha sido atingida, valorize os avanços realizados.
Evite o perfeccionismo: reforce a ideia de que o crescimento contínuo é mais importante do que o sucesso absoluto em cada meta.
Como estabelecer metas atingíveis para o novo ano.
De acordo com estudos da American Psychological Association (APA), metas realistas e bem estruturadas são mais eficazes para aumentar o engajamento e a motivação. Mariana reforça a importância de criar metas alinhadas à realidade e às capacidades individuais e coletivas:

1️ – Use o método SMART: as metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e baseadas em um prazo definido.

2️- Divida em etapas: objetivos menores e progressivos são mais fáceis de alcançar e ajudam a manter a motivação ao longo do tempo.

3️ – Incentive a flexibilidade: estabeleça revisões periódicas para ajustar metas com base em mudanças ou novos desafios.

4️- Envolva a equipe: no contexto organizacional, metas compartilhadas reforçam o senso de propósito e colaboração.

“Metas devem ser vistas como guias, não como pesos. Elas ajudam a direcionar nossos esforços, mas precisam ser equilibradas com o cuidado com a saúde mental e emocional. Um líder ou profissional que prioriza o bem-estar está mais preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do novo ano”, conclui Mariana.