A Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio afirmou não ter sido notificada oficialmente e, por isso, não cumprirá a decisão do juiz Guilherme Formagio Kikuchi que suspendeu a eleição da Mesa Diretora da casa e também anulou a posse do prefeito e do vice-prefeito, ocorrida na sessão de 1º de janeiro.

O magistrado determinou na última sexta-feira (10) a imediata realização de uma nova sessão, a ser presidida pelo vereador mais votado nas eleições municipais, no prazo de 24 horas, para a eleição de uma nova Mesa Executiva. Além disso, o juiz ordenou que houvesse sessões diárias até que a nova direção fosse escolhida.

A decisão foi tomada após um mandado de segurança impetrado pelos vereadores Anderson Araújo (PDT), Helvécio Badaró (PL) e Rafael Hannouche (PSD). Isso porque a vereadora Thaís Takahashi (Solidariedade), que presidia a sessão de abertura dos trabalhos, impediu que Rafael Hannouche tentasse a reeleição para a presidência da Câmara, alegando que a reeleição de presidentes era proibida, mesmo com a troca de legislatura.

Diante dessa decisão, 8 dos 13 vereadores eleitos deixaram a sessão, que resultou na eleição de Carlos Trautwein (PL) para a presidência. Após o polemico resultado, o prefeito e o vice-prefeito foram empossados.

No entanto, o juiz entendeu que Hannouche deveria ter o direito de disputar a presidência e que não havia maioria absoluta no plenário para a escolha dos novos gestores da casa. Como resultado, todos os atos praticados durante a sessão foram anulados.

Procurado, o Tribunal de Justiça do Paraná afirmou que a Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio está sem advogado cadastrado no sistema e que caso haja algum descumprimento de decisão, o juiz irá analisar oportunamente.

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