Jorge Guaranho será julgado em Curitiba por morte de tesoureiro petista
Data: 28/01/2025 12:03:01
Fonte: gazetadopovo.com.br
O julgamento do ex-agente penal Jorge José Guaranho, acusado de assassinar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda durante uma festa de aniversário em Foz do Iguaçu (PR) em 2022, irá ocorrer no dia 11 de fevereiro, no Tribunal do Júri de Curitiba. A defesa do réu teve o pedido de desaforamento atendido pela Justiça e o júri foi transferido para a capital paranaense.
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Segundo informações da assistência de acusação, Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil, associado à violência política, e perigo comum. De acordo com os advogados de defesa, um julgamento em Foz do Iguaçu poderia ser comprometido por conta da ampla divulgação do caso. Para evitar um pré-julgamento por parte dos jurados, o pedido de desaforamento foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Inicialmente, o julgamento foi marcado para dezembro de 2023, mas a defesa alegou que não tinha acesso aos laudos do processo. Depois disso, no dia 4 de abril de 2024, o julgamento foi suspenso depois que os advogados do réu deixaram o plenário. Em maio do ano passado, o novo júri foi adiado pela solicitação de mudança de foro, acatada pela Justiça paranaense.
Em Curitiba, o julgamento será conduzido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da capital, com início previsto para às 10h do dia 11 de fevereiro, sendo que a expectativa é que o júri deve se estender até o dia seguinte.
No início do julgamento, serão definidos os membros do júri, por meio de sorteio dos jurados convocados, além da leitura de partes do processo. Na sequência, serão ouvidas as testemunhas e peritos. Concluída essa etapa, começarão os debates de acusação e defesa. Após as exposições, o conselho de sentença, formado pelos jurados, se reunirá para a decisão.
A família do tesoureiro petista e a equipe de acusação defendem que o réu seja condenado à pena máxima prevista para o homicídio duplamente qualificado e que seja reconhecida como circunstância agravante a motivação política do assassinato.
Ao todo, 12 testemunhas devem ser ouvidas durante o júri. À exceção de uma delas, que foi liberada para participar de forma virtual, todas as outras foram intimadas para comparecerem de forma presencial, sob pena de serem conduzidas coercitivamente.
A juíza também determinou que todos os documentos relacionados ao processo, físicos e eletrônicos, sejam encaminhados a Curitiba. A mesma determinação vale para todos os itens que foram apreendidos desde o início das investigações do assassinato. A medida visa garantir que defesa e acusação tenham acesso a todas as peças.