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O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná lançou, na quarta-feira (29/01), uma edição especial da Revista Gralha Azul, dedicada exclusivamente a autoras mulheres que integram o Repositório de Juristas. A iniciativa tem o objetivo de estimular e divulgar a produção intelectual feminina na área do Direito no estado do Paraná. 

Durante a solenidade de lançamento, o presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen, ressaltou que a publicação é um símbolo do compromisso do Judiciário paranaense com a equidade de gênero. “O caminho para uma sociedade mais justa e igualitária passa, necessariamente, pelo reconhecimento da importância das mulheres nos mais diversos espaços de atuação, e isso inclui o jurídico, o acadêmico, o político, o empresarial e todos os outros segmentos”, afirmou o presidente. 

A desembargadora Ana Cláudia Finger falou em nome das 36 autoras e destacou a importância da iniciativa. “A revista reúne magistradas, promotoras, advogadas, psicólogas e professoras para tratar questões de gênero, um tema tão essencial e urgente em nossa sociedade. Essa edição celebra não apenas o trabalho das mulheres no campo do Direito, mas também reforça a importância de todos os aplicadores do Direito em abordar e enfrentar as questões de gênero com seriedade e compromisso”, afirmou a desembargadora. 

O Repositório de Mulheres Juristas foi criado com base na Resolução nº 418/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e é coordenado pela Comissão de Igualdade e Gênero (CIG) do TJPR. Seu objetivo é reunir e destacar mulheres juristas especializadas nas diversas áreas do Direito, cujo conhecimento e produção intelectual podem enriquecer significativamente o trabalho do Poder Judiciário. 

Com o apoio da Escola Judicial do Paraná (Ejud-PR) e da Biblioteca Hugo Simas, também foi criado um ambiente virtual para disponibilizar digital e gratuitamente os trabalhos produzidos pelas mulheres inscritas no Repositório. 

Para a presidente da CIG, desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, a publicação da revista é um marco histórico. “Não é uma iniciativa para instituir um gueto intelectual de mulheres, mas de reagir à notória dificuldade de a mulher jurista ter acesso aos disputados espaços editoriais em condições de igualdade com seus pares homens. É a divulgação do conhecimento produzido por mulheres e uma pequena amostra do talento e da capacidade de reflexão crítica sobre Direito e Justiça dessas 36 autoras”, afirmou a presidente da Comissão. 

Revista Gralha Azul 

A Revista Gralha Azul é uma publicação bimestral do TJPR e tem por finalidade divulgar textos originais de interesse das áreas de Direito, Justiça e Sociedade. A revista acolhe artigos, relatos de experiências, textos de opinião, resenha de obras e revisão de literatura de pesquisadores ou grupo de pesquisadores, magistrados e servidores do Poder Judiciário paranaense. 

Presenças 

Compuseram o dispositivo de autoridades o presidente do TJPR, desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen; a presidente eleita do TJPR para o biênio 2025/2026, desembargadora Lidia Maejima; a presidente da CIG, desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima; o diretor-geral da Ejud-PR, desembargador Ramon de Medeiros Nogueira; a vice-presidente da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), Jaqueline Allievi; a conselheira estadual da OAB-PR, Glenda Gonçalves Gondim Queiroz; e o procurador de Justiça Gilberto Giacoia.