Nos últimos meses, Flow já mostrou seu potencial ao vencer o Globo de Ouro de Melhor Animação, superando gigantes como Divertida Mente 2 e Robô Selvagem. No Oscar, enfrentará os mesmos concorrentes. Flow também foi laureado com o Prêmio do Público/Prêmio do Júri do Festival de Cinema de Animação de Annecy, e de Melhor Animação no European Film Awards, Associação dos Críticos de Cinema de Los Angeles, Círculo de Críticos de Cinema de Nova York, National Board of Review e Associação dos Críticos de Cinema de Boston.

Já em Melhor Filme Internacional, o desenho encara o longa de Walter Salles e outros candidatos com propostas bem opostas: A Semente do Fruto Sagrado, vindo da Alemanha; A Garota da Agulha, da Dinamarca; e Emilia Pérez, da França.

Além de entretenimento para toda a família, Flow parece ser um grande recado para a humanidade. Com a sensação de que o mundo parece ter chegado ao fim, apenas com vestígios da presença humana, mas sem nenhum por perto, temos um gato. Ao ver seu lar devastado por uma enchente e tentando sobreviver, ele encontra refúgio em um pequeno barco povoado por diversas espécies.

Neste cenário pós apocalíptico, os animais precisam lidar com suas diferenças e se adaptar a um mundo completamente diferente.

Em uma coprodução entre Letônia, Bélgica e França, Flow usa sons de animais reais e preza por retratar cada um deles da forma mais realista possível. Para isso, os produtores e diretor contaram com um orçamento discreto de 3,5 milhões de euros e utilizaram um software gratuito para criar todas as cenas.

Além disso, a equipe foi tão perfeccionista a ponto de garantir que todas as “vozes” das criaturas fossem feitas por animais reais. Para o som da capivara, por exemplo, o engenheiro de som viajou para um zoológico e fez cócegas nela.