Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu Nísia Trindade do Ministério da Saúde nesta 3ª feira (25.fev.2025), aumentando para 3 o número de mulheres substituídas por homens no primeiro escalão da Esplanada. A socióloga será substituída por Alexandre Padilha (PT), que ocupava a Secretaria das Relações Institucionais.

O presidente já havia retirado Daniela Carneiro (União Brasil) do Turismo em julho de 2023 —para abrigar Celso Sabino (União Brasil) —e Ana Moser do Esporte em setembro do mesmo ano —para alocar André Fufuca (PP). Sabino e Fufuca são integrantes de partidos que compõem o chamado centrão.

Com a demissão de Nísia, o terceiro mandato de Lula fica com 9 mulheres entre os 38 ministros do governo. É uma taxa de participação feminina de cerca de 23,6%. São elas:

• Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação);
• Margareth Menezes (Cultura);
• Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania);
• Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos);
• Anielle Franco (Igualdade Racial);
• Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima);
• Aparecida Gonçalves (Mulheres);
• Simone Tebet (Planejamento e Orçamento);
• Sonia Guajajara (Povos Indígenas).

Lula assumiu em janeiro de 2023 com 11 mulheres no primeiro escalão da Esplanada. Apesar de ainda ser minoria, a presença feminina era recorde em administrações federais.  O recorde anterior era de Dilma Rousseff (PT), que assumiu a Presidência em 2011 com 9 mulheres entre seus 38 ministros. 

Neste terceiro mandato, Lula também já tirou Rita Serrano do comando da Caixa Econômica Federal, em demissão ocorrida em outubro de 2023. Ela foi substituída por Carlos Antônio Vieira Fernandes, outro apadrinhado do centrão.