Como se sabe, “A substância” é uma obra marcada por discussões sobre o envelhecimento e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no cinema. Demi Moore, que tem sido uma presença constante nas telas há décadas, viu seu trabalho no longa-metragem de horror corporal sendo aplaudido pela crítica — e se tornou favorita ao Oscar, ao lado de Fernanda Torres. Até que… Veio a vitória para Mikey Madison.

O fato vem sendo apontado como a ilustração perfeita para o privilégio de artistas jovens em detrimento de profissionais veteranas. Em “A substância”, o alvo é a dominação masculina que transforma corpos femininos em mercadoria na sociedade de consumo — corpos que precisam ser jovens e “belos” —, como apontou a crítica do filme publicada pelo GLOBO. Para sobreviver à tal cenário, a personagem principal, uma atriz veterana, se submete a um programa que a transforma numa versão jovem e aprimorada de si.

A conquista do Oscar de melhor atriz por Mikey Madison levantou questionamentos sobre os estereótipos de idade que ainda prevalecem em Hollywood, onde mulheres mais velhas frequentemente enfrentam desafios para ser reconhecidas em papéis principais.

Demi Moore foi massacrada e teve a carreira destruída por ter feito ‘Striptease’, em 1996, e retornou ao cinema em ‘A substância’, que fala sobre etarismo, para agora o Oscar ir lá e premiar a Mikey Madison, de 25 anos, por fazer praticamente a mesma coisa que a Demi fez em ‘Striptease'”, escreveu um usuário do X, sobre o fato de Mikey Madison dar vida a uma profissional do sexo em “Anora”.