“Eles vão ter que ter uma tarifa. Então, o que eles têm que fazer é construir suas fábricas de automóveis, francamente, e outras coisas nos Estados Unidos, caso em que não haverá tarifas”, afirmou Trump.

A confirmação derrubou os índices de ações das bolsas de valores dos Estados Unidos. O Nasdaq, voltado para tecnologia, caiu 2,5%, já o S e P 500 e o Dow Jones recuaram 1,6%.

O Brasil deve ser um dos países mais afetados pela taxação das importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos em 25%. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o mercado americano, atrás apenas do Canadá.

Segundo relatório recente da Câmara Americana de Comércio para o Brasil, os produtos semi-acabados de ferro ou aço ocupam o segundo lugar na lista dos itens mais exportados pros Estados Unidos.

No ano passado, o volume total de exportações chegou a 3 bilhões e 500 milhões de dólares.

Para o economista Roberto Giannetti da Fonseca, que já foi secretário executivo da Câmara de Comércio Exterior do Brasil, a medida pode levar à perda de competitividade das siderúrgicas brasileiras e à inflação ao consumidor nos Estados Unidos.

Eduardo Giannetti enxerga a criação das novas taxas como uma tentativa de recuperar a indústria siderúrgica americana, conforme Trump prometeu no ano passado aos eleitores de estados industriais da região conhecida como ‘Cinturão da Ferrugem’.

O economista defende que o governo brasileiro busque negociar a isenção do imposto sobre placas de aço, matéria prima utilizada em diversas indústrias americanas, como a automotiva.