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TERCEIRIZAÇÃO Trabalhador terceirizado é hospitalizado em estado grave após explosão de panela de pressão em restaurante da Unicamp

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Data: 22/04/2025 14:02:01

Fonte: esquerdadiario.com.br


Na segunda-feira (21), durante o feriado de Tiradentes e em meio ao expediente suspenso na universidade, o pino de uma das panenas de pressão do Restaurante Saturnino (RS) da Unicamp, que oferece alimentação aos estudantes durante os feriados e finais de semana, rompeu causando uma explosão que feriu dois trabalhadores terceirizados da empresa Sapore, que administra todos os restaurantes universitários da Unicamp.

Trabalhadores informam que a empresa designou funcionários de outros restaurantes da Unicamp para garantir o jantar para es estudantes, encobrindo o ocorrido e continuando normalmente o expediente.

Desde antes da pandemia, trabalhadores dos restaurantes denunciavam as péssimas condições de trabalho e manutenção dos maquinários dos restaurantes, com denúncias de risco de explosão. Essa situação se soma a outras denúncias absurdas de responsabilidade da empresa Sapore e reitoria de Tom Zé, mostrando a face sórdida da terceirização independente de qual empresa assume o contrato do serviço.

Este ocorrido se soma a uma série de denúncias de assédios morais realizados pela empresa Sapore que retirou os bancos utilizados pelos trabalhadores nos horários de intervalo para descanso por mais de uma semana, obrigando funcionários a trabalharem mais de 10 horas seguidas de pé.

A terceirização na Unicamp significa precarização e risco de vida. Não é primeira vez que a dita “reitoria democrática” fecha os olhos e lava suas mãos para os trabalhadores terceirizados. Em 2021, durante a pandemia Lurdes e Edvânia, trabalhadoras terceirizadas do bandejão, perderam suas vidas devido a problemas respiratórios causados pela Covid-19 e agravados pela exposição a produtos químicos utilizados na limpeza e em 2022, já sob gestão de Tom Zé, Cleide Aparecida Lopes foi vítima de um mal súbito durante o horário de trabalho no restaurante do campus de Limeira.

A reitoria segue em silêncio sobre o ocorrido enquanto avança com a terceirização para os almoxarifados e manutenção. Como estudantes nos solidarizamos com o trabalhador e exigimos providências da reitoria. É preciso batalhar pela efetivação de todas as terceirizadas, sem necessidade de concurso público. Chamamos as entidades estudantis, como DCE e CA’s, e sindicatos como STU, a denunciarem este absurdo e organizarem estudantes em unidade com os trabalhadores para batalhar pelo fim da terceirização, com efetivação sem concurso!