O dólar iniciou esta segunda-feira (28) em forte queda, alcançando o patamar de R$ 5,65 logo pela manhã. A movimentação reflete a combinação entre a expectativa de um possível alívio tarifário nas relações entre Estados Unidos e China e a ansiedade pela divulgação de novos dados econômicos no Brasil e no exterior.

Ainda na última sexta-feira (25), a moeda americana já havia registrado um leve recuo de 0,13%, sendo cotada a R$ 5,6841. Agora, com o ambiente internacional mais otimista, os investidores voltaram a se posicionar de forma mais confiante.

Acordos comerciais e tensão entre potências

A movimentação nos mercados é impulsionada principalmente pelas incertezas em torno da chamada “guerra tarifária” iniciada pelo ex-presidente americano Donald Trump. Apesar de recentes sinais de tentativa de acordo, a situação segue envolta em contradições.

Na semana passada, Trump afirmou ter recebido uma ligação de Xi Jinping, presidente da China, para discutir a questão das tarifas. Porém, autoridades chinesas negaram qualquer contato recente, criticando os EUA por “criarem confusão“. Apesar da tensão, algumas fontes sugerem que Pequim suspendeu tarifas de produtos norte-americanos, alimentando esperanças de reconciliação.

Ibovespa acompanha e sobe

Com o dólar em queda, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, também ganhou fôlego. Por volta das 10h50, o índice operava em alta de 0,40%, alcançando 135.282 pontos. Na sexta-feira, o Ibovespa já havia renovado sua máxima desde setembro de 2024.

O bom desempenho reflete a combinação de otimismo internacional com expectativas sobre dados fiscais e empregos no Brasil. As falas recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também estão no radar dos investidores.

Expectativa por novos dados

A semana promete ser movimentada para os mercados. No Brasil, serão divulgados dados de atividade econômica, emprego e o novo Boletim Focus. A expectativa é de ligeira redução na previsão da inflação para 2025, trazendo sinais positivos para a economia.

Nos Estados Unidos, o foco será o relatório mensal de emprego. As informações devem dar pistas sobre o desempenho da economia no primeiro trimestre e poderão definir o ritmo dos próximos movi