Caravana de Londrina vai a Curitiba para passeata do 29 de abril
Data: 28/04/2025 18:43:04
Fonte: folhadelondrina.com.br
Educadores da rede pública estadual vão às ruas em Curitiba nesta terça-feira para lembrar o dia 29 de abril de 2015, quando trabalhadores da área foram agredidos por policiais militares no episódio conhecido como Batalha do Centro Cívico. A APP Sindicato de Londrina vai enviar uma caravana com dois ônibus à capital para participar do ato. Segundo Rogério Nunes, secretário de assuntos jurídicos da entidade, a opção foi concentrar as ações em apenas um local.
“Duas caravanas de trabalhadores e trabalhadoras de Londrina vão se deslocar para Curitiba para participar do ato pelo 29 de abril. A atividade tem a intenção de fazer memória e denunciar a violência sofrida pelos servidores públicos há dez anos”, destacou Nunes, que indicou ainda outras pautas da categoria dos professores, como busca por reposição inflacionária, além do protesto contra a privatização da educação no Estado.
“O dia de paralisação tem o objetivo de chamar a atenção para as pautas da categoria. Estamos há sete anos sem reposição inflacionária, e há um contexto de violência no nosso cotidiano: a cobrança acelerada e absurda por índices educacionais, a ausência de reposição salarial, o avanço da política de privatização das escolas e da educação pública paranaense. Isso nos faz denunciar que a violência sofrida em 29 de abril de 2015 permanece estabelecida”, seguiu.
A mobilização em Curitiba terá início na Praça Tiradentes às 9h e os professores seguirão em passeata até a praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico. Segundo o sindicato, a manifestação visa lembrar os mais de 200 feridos no ato de 29 de abril de 2015.
“A gente está em mais um período difícil, em que a mão do governo tem pesado sobre nossa categoria nas escolas, mas estamos de pés firmes e fortes para enfrentar”, afirmou Walkiria Mazeto, presidente da APP Sindicato.
Derrota no STF
No início do mês, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar o pagamento dos reajustes salariais retroativos ao funcionalismo público do Paraná referentes à data-base de 2017. A alegação foi de que a ausência de previsão orçamentária isentou o governo estadual de repor os valores naquele ano. A decisão cassou um julgamento anterior do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) que invalidava uma lei de 2016 e adiava o reajuste dos salários dos servidores que estava previsto para 2017. Na ocasião, Gilmar Mendes, André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli votaram pela negativa. Apenas Edson Fachin, relator do caso, foi a favor do pagamento do reajuste salarial. (Com assessoria da APP Sindicato)