Nesta quarta-feira, em Brasília, o governo federal manteve discussões sobre o aguardado corte de gastos, mas o anúncio deve ser adiado para a próxima semana. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, reuniu-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira, buscando apoio para implementar medidas que aumentem o controle sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), um dos maiores gastos sociais. No mesmo horário, Lula encontrou-se com o ministro da Defesa, José Lúcio Monteiro, solicitando a colaboração das Forças Armadas para reduzir despesas, enfrentando resistência em temas como as pensões vitalícias para filhas solteiras de militares, consideradas direito adquirido.
Além disso, o Tribunal de Contas revelou que o sistema previdenciário militar custou quase cinco vezes mais do que a contribuição de nove bilhões de reais realizada pelos militares. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, afirmou que a reforma dos “super salários” no setor público, incluindo o judiciário, deve fazer parte do pacote de corte de gastos.